terça-feira, 31 de julho de 2012

30 semanas

"Mexeu, tá vivo". 
Com esta simplicidade o obstetra resumiu os principais cuidados que eu devo ter até a próxima consulta.
Era tudo o que eu precisava ouvir. Confesso.
No primeiro trimestre, esperava por uma má notícia a qualquer momento. Custei a acreditar que o positivo era positivo mesmo e que todos os sintomas - dos enjoos, tonturas, ao nariz aguçado - tinham a ver com um bebê. Era mais fácil achar que tinha enlouquecido de vez, a crer que na sétima tentativa eu tinha finalmente engravidado.
O segundo trimestre foi de calmaria. Comprei umas roupinhas de bebê;  minha barriga começou a aparecer, apesar de o peso continuar abaixo do que eu pesava antes da gravidez (lembram dos hormônios?); e comecei a achar que estava numa espécie de sonho longo e coletivo. O tempo ia passando e eu demorava a materializar a presença de um bebê em minha vida. Acho que era medo. Medo da perda, da dor, da decepção, enfim. Passei por tantos médicos invasivos e sofisticados antes da gravidez, que a tranquilidade da gestação me deixava descrente de que tudo estava bem. Mas estava.
Agora, ao chegar a 30ª semana tudo parece real. Miguel deixa claro que está a caminho e não pára de se mexer. A presença dele dia e noite me anima. Em poucos dias, comprei tudo o que é fundamental para o conforto do bebê e agora estou me dedicando aos supérfluos. Que delícia!
Ocupei meu tempo livre (sim, eu tenho tempo livre! nem sabia...) para produzir eu mesma umas coisinhas pra ele. Já fiz sapatinhos de tricô, bico de crochê em fraldas de pano, bainhas de pacthwork em cueiros, paninhos de boca e toalhas e estou às voltas com uma manta de tricô em ponto fantasia. Logo, logo mostro minhas obras. Aguardem.

Obs: Desculpem pela falta de constância nos posts. É que quando eu vejo que estou com uma tendência de transformar o blog em um diário, como neste post, eu paro de escrever. Queria mesmo reunir informações de saúde, úteis para quarentonas que sonham em engravidar, mas as vezes me pego falando de mim mesma e não acho que seja isso o que interessa. Mas, usando o jargão que mais ouço nos últimos tempos, seguem as minhas desculpas: São os hormônios


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