Há alguns anos venho tentando engravidar. Costumo usar 2009 como marco para esta fase da minha vida, pois foi quando passei a contar com a ajuda profissional de clínicas especializadas em reprodução humana. Desde então foram nove tentativas entre inseminações artificiais e fertilizações in vitro. Numa delas, o médico sugeriu que eu anotasse minhas percepções deste processo em um blog. Os posts anteriores são remanescentes deste tal blog, que resistiu sem leitores por bons anos.
Transformar minhas anotações em algo público foi uma decisão difícil. Não gosto de me expor. Como jornalista sempre escrevi na terceira pessoa. Talvez seja este lado jornalista que me faz sair do conforto do anonimato para contar a vocês a jornada de uma mãe que escolheu ter seu primeiro filho depois dos 40 anos.
Conheço muitas mulheres na mesma situação e outras que podem vir a passar por isso. Jovens que priorizam o trabalho, que procuram um grande amor para construírem suas famílias ou que por diversas razões adiam a maternidade e quando se dão conta o tempo passou.
Pode parecer a primeira vista que os avanços científicos tornam tudo possível. Ouvi comentários de que a minha história dá esperança para mulheres que sonham em ser mães mas que ainda estão com outros projetos em prioridade. Para elas, aconselho que pesquisem sobre congelamento de óvulos.
Nós podemos ter a mente aberta, a aparência jovem, um pique danado, mas a cada mês nossa capacidade de gerar filhos vai diminuindo. Congelar os óvulos pode ser um método de parar o relógio biológico e planejar melhor a família.
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