Pré-natal

Enfrentar uma gravidez tardia com saúde para a mãe e o bebê passa necessariamente por um bom acompanhamento médico. Complicações para a mamãe e para o bebê podem ser contornadas quando diagnosticadas logo no começo, por isso, um pré-natal cuidadoso é imprescindível.
Já levei alguns sustos nestes seis meses de gravidez, mas todos foram contornados. Hoje posso dizer orgulhosa que o único remédio que tomo é a AAS infantil uma vez ao dia, que meu lindinho está certinho na linha do crescimento e que eu ainda estou mais magra do que antes de engravidar.
Este áudio do dr. Claudio Basbaum, que eu encontrei no site da Natura, dá algumas orientações importantes sobre gestação depois dos 40.

Malhada

Desculpe se o título levou o leitor ou a leitora a pensar em exercícios físicos (argh!). Não é este o tema do post.

Vou falar de manchas na pele, do odiado melasma que ataca 75% das grávidas. As manchas atacam principalmente as bochechas, testa, nariz e aquela parte do buço, bem embaixo do nariz e costumam premiar as morenas e negras aumentando a pigmentação nas áreas citadas criando a horrenda máscara gravídica (até o nome é feio).

Para prevenir: protetor solar. Tanto nos dias ensolarados quanto nos nublados e chuvosos, tanto em ambiente externo quanto interno. É que a célula produtora de melanina fica tão assanhada com os hormônios da gravidez  que até a exposição à tela do computador ou a determinadas lâmpadas podem ajudar a provocar manchas.

Optei pelo Spectraban T de manhã, que funciona como base, e durante o dia uso o pó da Shiseido, com FPS 34.

Sou manchada, mas sou gatinha

Dizem que na maioria dos casos o melasma desaparece por volta do aniversário de um ano do bebê. Quem não tem esta sorte pode apelar por tratamentos clareadores, mas só se o médico autorizar. Na gravidez, não se recomenda o uso de ácidos em tratamento para a pele.

Ticando

Descobri que grávida adora uma lista. É lista de enxoval, lista de enxoval para a maternidade (sim, são diferentes!), lista para o chá de bebê, lista de providências a tomar durante a gravidez até os 18 anos do bebê e assim por diante.

Prefiro uma coisa assim mais randômica, instintiva, bagunçada mesmo. Funciona melhor comigo. 

Mas a curiosidade é meu sobrenome e não poderia deixar de checar algumas listas só pra saber se estou na média.

Esta, do site Grávida e Cia escrito originalmente pela Revista Crescer, me deixou aliviada. Fiz (quase) tudo certinho no primeiro trimestre. Só deixei de lado os exercícios (argh!) por ordens médicas (ufa!) e a decoração do quarto do bebê. Minha ideia inicial era mudar para um apartamento maior, mas a especulação imobiliária não me permite. Pensei em fechar a varanda, fazer um puxadinho, porém atenta contra as severas regras do condomínio que permite apenas sutis manobras internas. É esteticamente não ia ficar legal...
Quando estiver entre o quinto e o sexto mês, por volta de julho, começarei a reforma. Devo incorporar o banheiro de empregada ao corredor abrir espaço para armários e assim criar um espaço para o bebê. É trabalho para duas semanas, por isso estou calculando um mês e meio. Espero que dê tempo

1º mês

- Geralmente, quando descobre a gravidez, a mulher já está com pelo menos 15 dias, muitas vezes um mês, de gestação. Assim que desconfiar, ligue para o seu médico e comece a seguir as dicas do segundo mês. 

2º mês 
- Na primeira consulta do pré-natal, o médico vai pedir uma série de exames para checar sua saúde e seu tipo de sangue. Pode ser feito o primeiro ultra-som, que indicará o tempo de gestação. Até a 27ª semana, as visitas ao obstetra serão mensais. 

- Pode ser o momento de partilhar a novidade com a família. A maioria dos casais anuncia a gravidez assim que confirma o resultado. Há quem prefira esperar um pouco mais. 

- Algumas gestantes começam a fazer exercícios nessa época - outras, só depois do terceiro mês. Converse com o seu médico. A atividade vai ajudá-la a controlar o peso e fará bem para as emoções, que podem se alterar por conta dos hormônios. 

- Diariamente, aplique um creme antiestrias na barriga e nas coxas. Faça isso até o final da gravidez. 

3º mês 
- Se você e seu médico optaram pelo exame de biópsia do vilocorial (amostra de tecido da placenta para verificar a saúde do feto), marque entre a 9ª e a 12ª semana. 

- O fim do terceiro mês é o mais indicado para falar sobre sua gravidez no trabalho, pois a fase mais delicada passou. Mas, dependendo do seu cargo (se ele envolve muitas responsabilidades) ou se a empresa oferece benefícios extras para gestantes, pode ser o caso de comunicar antes. O mesmo vale se você começar a enjoar muito e for necessário se ausentar. 

- Como a gravidez está indo bem, também é o momento de os filhos pequenos saberem da novidade. Geralmente, a essa altura, eles já notaram algo de diferente. Então, traduza em palavras.

- Comece a pensar onde e como será o quarto do bebê. Pode parecer cedo, mas, se você vai, por exemplo, reformar a casa para recebê-lo, deve iniciar o projeto. Quando ele nascer, o cheiro de obra e de tinta terá desaparecido - o que demora até 15 dias. Se for apenas comprar móveis e pintar paredes, deixe o assunto para mais tarde.
Fonte: Revista Crescer

Temores da mãe de 40

Encontrei uma matéria antiga na revista Crescer sobre o comportamento das mamães com mais de 40 anos. Diz o texto que, apesar da maturidade, essas mães são ligadonas no conceito de saúde total por receio de perder o único filho que têm. A matéria comenta que em casos de reprodução assistida, as futuras mamães carregam o desejo de terem gêmeos para já saírem da maternidade com a "família completa". Engraçado como nos achamos seres únicos, diferentes e especiais e, na maioria das vezes, agimos igual a todo mundo. Fiz várias tentativas de reprodução assistida. Em alguns processos produzimos vários óvulos, devido a estimulação de medicamentos específicos. Estes óvulos são fecundados e o casal tem de decidir quantos embriões implantar - até o limite de quatro, conforme regra brasileira. É uma decisão baseada totalmente no chute. Quanto mais embrião, maior a chance de que pelo menos um siga adiante rumo a vida, mas também aumentam os riscos de gêmeos, trigêmeos ou quádruplos. Nessa loteria, a probabilidade de sucesso está intimamente relacionada com os custos do tratamento (tanto o financeiro quanto o custo emocional). Há quatro anos, quando começamos esta jornada, decidimos que colocaríamos dois embriões em cada tentativa. O restante? Congelaríamos para tentativas futuras. E assim foi. Confesso, porém que à medida em que acumulávamos resultados negativos e que o tempo ia passando, minha pressão em casa para arriscarmos implanta três ou quatro embriões de uma só vez aumentava. Pura ansiedade. E por mais que o lado prático me inspire a ser uma mãe descolada, há uma forte tendência de eu me tornar uma superprotetora maníaca por limpeza, saúde, alimentação saudável.

Dando tilt

A maior preocupação de uma gestante com mais de 40 é com o risco para a saúde do bebê. Eu já falei dos meus temores aqui. E fico feliz em compartilhar com meus leitores que são mínimas as chances de o meu bebê ter um problema genético. A notícia me deixou tão animada que fiquei alguns posts falando de futilidades, comprinhas, essas coisas de grávida.

Mas, se fosse fácil não teria graça, não é mesmo?

Então. Se uma grávida novinha pode vir a ter problemas nos nove meses, a grávida tardia (eu!) pode vir a ter um pouco mais. E, pela Lei de Murphi, que determina que "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará". Cá estou eu às voltas com uma pressão maluca e uma tireoide alucinada.

Minha pressão que sempre foi meio baixa, relax, agora deu para ter uns picos no ritmo do trabalho. Pressão alta é perigosa porque pode levar a pré-eclâmpsia ou a eclâmpsia e esta última pode fazer mal ao bebê. Espero que diminuindo o sal e aumentando o bom humor a pressão entre nos eixos.

Já a tireoide é algo a investigar. Nunca tive problemas com esta glândula. De repente, hipertireoidismo. Ainda vou fazer alguns exames para confirmar o diagnóstico e uma consulta com endocrinologista. Suspeita-se que possa ter sido a quantidade de hormônios do tratamento de fertilização, um desvio específico neste exame (quem sabe já se regularizou e eu estou teclando isso à toa), um desbalanceamento próprio da gravidez ou... sei lá. 

Eu não tenho, mas quem quer arriscar uma gravidez depois dos 40 deve se preocupar também com o risco de diabetes. Fora isso, recomenda-se parar de fumar e de beber e começar a tomar ácido fólico.

Obstáculos? Saiam da frente

Quem está na casa dos 40 anos e quer ter filhos deve se preparar para uma corrida de obstáculos. 
Para ajudar no aquecimento, aqui vão algumas dicas:
A primeira é: esqueçam a vaidade. A partir do momento que resolveu engravidar e passou dos 35, prepare-se para ser chamada de velha o tempo todo. Você vai ouvir o tempo todo que está em uma "gravidez tardia" ou "em idade avançada". Resista ao impulso de comprar uma bengala e de sentar no banco dos idosos e vá a luta. A segunda é: faça um check up. O principal motivo de nos chamarem de velhas é que os óvulos que carregamos foram feitos quando ainda estávamos na barriga da mamãe. Ao longo do tempo fomos perdendo um montão deles e os que ainda nos restam podem não estar no melhor de sua forma física. Há ainda outros problemas que podem ser a causa da chamada "infertilidade sem causa aparente". 
A terceira é:  investigue tudo. Com todos os exames na mão, converse seriamente com seu médico e veja as reais possibilidades de gravidez. Em alguns casos pode ser um probleminha com o marido, uma endometriose, uma coisinha nas trompas, enfim algo que tem remédio ou que se soluciona com um empurrãozinho da ciência. Em outros, o empurrão da ciência precisa ser mais forte e, as vezes, não compensa. Nessa hora vale refletir sobre o seu desejo de ser mãe e partir para um Plano B. Será que nesse mundão de Deus não há uma criança já prontinha esperando pelo seu colo?
A quarta é: faça as contas e tire suas próprias conclusões. Não se contente com a opinião do primeiro médico, procure um segundo ou um terceiro, pondere tudo o que ouvir. Converse com o maridão, leia bastante e coloque tudo na ponta do lápis. Nas minhas contas, com o que investi nestes 4 anos de tentativas daria para comprar um apartamento bacana. No meu caso valeu a pena.
A quinta é: siga o seu coração. A clínica mais cara e o médico mais famoso podem não ser os ideais para você. Da mesma forma, desconfie de tratamentos muito baratos, pacotes, parcelamentos a perder de vista. O ideal é que o laboratório seja excelente e que o seu santo bata com o do médico. Lembre-se que o sonho da sua vida está nas mãos dele, se não rolar confiança, mude.
A sexta: Mens sana in corpore sano. Cuide da alimentação, pratique exercícios que goste e sem nóia, dê uma chance para meditação, ioga e acupuntura. Cultive bons pensamentos e tenha fé. Muita fé.

Enxoval I

Eu já contei que não posso fazer longas viagens, né? Pois é. Engravidar aos 43 anos tem dessas coisas. Monitoramento constante, cuidados e atenção redobrada.
Por isso, optamos por tentar montar o enxoval em Buenos Aires que é mais pertinho.
Vantagens: cotação do peso em relação ao real, mesma estação do ano que no Brasil e qualidade das peças
Desvantagens: preços muito semelhantes aos do Brasil, pouca oferta de eletrônicos e carrinhos.
Vamos às compras. Começamos pelo bairro de Palermo, que é a região dos outlets. Na avenida Córdoba encontramos duas lojas que valeram a pena: a Kiddis e a Cheeky, ambas na av. Córdoba. A Cheeky está espalhada por toda Buenos Aires e nos principais shoppings também, mas a da av. Córdoba é a melhor porque tem peças da coleção outono-inverno e de coleções passadas. Como meu bebê vai nascer em outubro, precisava de roupinhas mais leves e encontrei lá. A loja é lotada, mas organizada. De cara você pega uma senha que determinará a vendedora que te atenderá durante toda a compra. Ela não fica colada em você, mas sempre que precisar, ela estará por perto. Ótimo. Coisas tão lindas que o meu marido ficou mais eufórico que eu e escolheu um montão de coisas. Calças jeans, jardineiras, jaquetas, macacões, bodies e até meias!
Em outro dia fomos para a av Corrientes, acredito que o bairro seja Once ou Abasto, e também encontramos roupinhas de bebês por bons preços. Na Bapies Babies and Kids compramos bodies, calças com pezinhos (tem um nome mas eu não sei qual é...), blusinhas com abotoamento no ombro e outras peças para bebezinhos. Estas peças são mais básicas para o dia-a-dia, mas de algodão é muito bom.
Ainda na Corriente, conhecemos a Puchuni, onde fomos atendidos pelo dono. Pessoa simpaticíssima, de um bom gosto ímpar. Compramos com ele calça jeans para bebê, jaqueta estilo colegial, jardineira de veludo, muitas camisetas e alguns presentes para filhos de amigos. Sabe aqueles lugares que você entra para comprar uma peça e acaba comprando várias e ficando horas lá pela companhia agradável? Foi lá.
O que eu não recomendo? 1. Zara - poucas peças e caras. 2. Cresciendo - falaram muito desta loja, são várias unidades em Buenos Aires, mas o atendimento é ruim, as coisas são bagunçadas e os preços não compensam. Procurei carrinho de bebê, mas temos melhores no Brasil. Maquininha pra tirar leite, babá eletrônica e essas coisas também não compensam. São mais caras que no Brasil e aqui temos a possibilidade de parcelar no cartão e ter garantia. 3 - Calle Florida - rua pega turista, não vale a pena. 4 - shoppings - mesmo preço que no Brasil.